O cenário econômico brasileiro enfrentou mudanças significativas em 2024. Entre janeiro e junho, o país registrou 1.014 pedidos de recuperação judicial, um aumento impressionante de 71% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme revelado pelo Indicador de Falência e Recuperação Judicial da Serasa Experian. Esse é o maior número já registrado para o período desde o início da série histórica, em 2005, e reflete uma realidade econômica cada vez mais desafiadora para as empresas operando no país.
Por que o número de recuperações judiciais aumentou tanto?
De acordo com o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, o aumento nos pedidos de recuperação judicial já era esperado, refletindo os desafios econômicos enfrentados pelas empresas nos últimos anos. Um dos principais fatores é a persistência dos altos índices de inadimplência no mercado corporativo: em maio de 2024, 6,9 milhões de CNPJs estavam inadimplentes, evidenciando um estresse financeiro generalizado. Diante desse cenário de incerteza e dificuldades no acesso a crédito, muitas empresas têm recorrido à recuperação judicial como alternativa para reorganizar suas finanças.
Esse mecanismo legal permite que as companhias em crise negociem suas dívidas com credores, para manter suas operações e proteger seus ativos enquanto buscam uma reestruturação financeira. O aumento dos pedidos, portanto, reflete um esforço de sobrevivência por parte das empresas em meio a um cenário econômico desfavorável.
Quais empresas estão mais impactadas?
Os dados também revelam que as micro e pequenas empresas são as que mais têm solicitado recuperação judicial – do total de 1.014 pedidos, 713 foram feitos por empresas desse porte. Isso não é surpreendente já que, muitas vezes, essas companhias têm menos acesso a linhas de crédito e enfrentam maiores dificuldades em manter seu fluxo de caixa estável durante tempos de crise.
Os setores mais afetados foram o de Serviços (com 422 pedidos), seguido por Comércio (277) e Indústria (161). O setor de Serviços, em particular, tem sido um dos mais prejudicados pela alta volatilidade econômica e pela retração do consumo, o que explica a alta demanda por reestruturação financeira nesse segmento.
O impacto na economia como um todo
Se, por um lado, o aumento dos pedidos de recuperação judicial indica um momento difícil para as empresas brasileiras, por outro, também reflete a importância desse mecanismo como uma ferramenta de ajuste e reorganização. Com a devida assessoria jurídica e planejamento, a recuperação judicial pode oferecer uma segunda chance às empresas em crise, permitindo que retomem suas atividades de forma sustentável.
Em paralelo a isso, enquanto os pedidos de recuperação judicial subiram, o número de falências teve uma queda de 17,9% no primeiro semestre de 2024. Isso pode ser interpretado como um sinal de que as empresas estão, de fato, buscando alternativas para evitar o encerramento das atividades, e que a recuperação judicial se apresenta como uma das principais vias para garantir uma reestruturação eficaz.
O que esperar para o futuro?
Com a inadimplência ainda em níveis elevados e a instabilidade econômica persistindo, a tendência é que os pedidos de recuperação judicial continuem em alta. Para muitas empresas, essa será uma solução viável para se manterem operando em meio a um ambiente de incerteza. No entanto, é crucial que essas empresas, independentemente de seu porte, contem com uma equipe jurídica especializada para conduzir esses processos de forma eficiente, minimizando os impactos negativos.
Como a SHL pode te ajudar?
Diante desse cenário desafiador, a SHL está preparada para auxiliar empresas de todos os portes a navegar por esse processo com segurança. Oferecemos uma consultoria completa, desde a análise inicial da situação financeira até a condução de negociações com credores e a formulação de um plano de recuperação eficaz. Nossos especialistas trabalham para garantir que sua empresa tenha as melhores chances de superar a crise, preservar seus ativos e retomar o crescimento de forma sustentável.
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